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A esquerda contra a vacina privada


Por Ramiro Rosário, vereador em Porto Alegre


A cartilha marxista de destruição da liberdade nunca falha quando o assunto é deixar o povo desassistido. Por décadas, lutaram contra o acesso da população carente a esgoto e água tratados, barrando a possibilidade de concessão dos serviços de saneamento básico à iniciativa privada, com base em interesses de cunho meramente ideológico. Agora, ameaçam impedir o acesso a uma vacina contra a pandemia que dizimou quase 200 mil brasileiros, porque ela ainda não estaria disponível pelo SUS.


Nos últimos dias, ao tratar da questão da comercialização da vacina contra a COVID-19, a esquerda aproveitou para externar toda a sua mesquinhez e preconceito. Bradam: “não deixaremos o setor privado disponibilizar vacina, apenas o SUS poderá fazê-lo”. Pois bem. É claro que defendo a vacina gratuita e para todos. É claro que o Sistema Único de Saúde deve fornecer a vacina àqueles que não tem condições de obtê-la por outros meios. Mas precisamos pensar logisticamente. Do contrário, estaremos condenando os brasileiros a perecerem sem uma cura para o vírus que tornou 2020 um dos anos mais macabros da história recente.


Nossa rede pública de saúde pode ter recebido alguns recursos emergenciais para resistir à crise decorrente da pandemia, mas permanece sucateada, por conta de fatores como o desvio de verba e a corrupção de Governos petistas. O SUS presta um serviço deficitário, o que leva muitas pessoas a gastarem o que têm em planos de saúde, por falta de condições de atendimento. Desse modo, colocar sobre a rede pública todo o ônus de imunizar a população é garantir que o sistema colapse e os mais carentes fiquem de fora. Ademais, permitir a comercialização pela iniciativa privada não vai impedir o SUS de disponibilizar o imunizante a quem precisa.


Também não haverá uma “priorização da elite”, como bradam os socialistas. Os benefícios da vacinação na rede privada de saúde serão públicos. Possibilitar que as pessoas que têm condições possam pagar pela vacina significa menos gente circulando com o vírus, menos ocupação de leitos públicos e privados, menos restrições na economia e, consequentemente, mais empregos para a população mais carente.


Basta analisarmos, enfim, a forma como é ofertada a vacina contra o vírus H1N1. As biofarmacêuticas vendem os lotes à rede pública, que os adquire e cria calendários anuais de vacinação, e também ao setor privado, que comercializa como achar melhor. E todos que buscam se imunizar contra o vírus influenza o fazem, seja de forma gratuita ou paga. Sem ideologia e, acima de tudo, seguindo regras de logística e coerência.

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