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Foto do escritorOrestes De Andrade Júnior

Vice-governador aponta queda histórica da criminalidade no 4º Distrito

Reunião da Frente Parlamentar do 4º Distrito de Porto Alegre, presidida pelo vereador Ramiro Rosário, reuniu a cúpula da segurança pública estadual

Vice-governador e secretário estadual de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior, citou índices de criminalidade específicos do 4º Distrito. Foto: OAJ

Prestígio. É isso que mostrou a Frente Parlamentar do 4º Distrito de Porto Alegre, presidida pelo vereador Ramiro Rosário (PSDB), ao realizar uma reunião histórica com a cúpula da segurança pública estadual, na noite desta terça-feira, 7, no Nau Live Inspaces. O encontro durou duas horas e meia, com a participação de mais de 60 empresários e moradores da região, formada pelos bairros Floresta, São Geraldo, Navegantes, Farrapos e Humaitá. O vice-governador e secretário estadual de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior, liderou a comitiva da cúpula da segurança gaúcha, que ainda contou com a presença da delegada chefe de Polícia, Nadine Anflor, subcomandante-Geral da Brigada Militar, Coronel Claudio dos Santos Feoli, do comandante do 11º BPM, Tenente-Coronel Luis Felipe Neves Moreira, do comandante do 9º BPM, Tenente-Coronel Alex Sandre Pinheiro Severo, além do secretário-adjunto municipal da Segurança, Major Gelson Guarda. O Corpo de Bombeiros também esteve presente, com o comandante do 1º BBM, Tenente-Coronel Éderson Fioravante Lunardi, assim como os titulares das delegacias que atendem o 4D. “Pela primeira vez, colocamos o alto comando da segurança pública do Estado frente a frente com a comunidade do 4º Distrito. Foi uma oportunidade única que vai gerar muitos frutos na melhoria da segurança na região”, comemorou Ramiro. O vice-governador disse que, apesar dos problemas ainda enfrentados no 4º Distrito, ocorreram muitos avanços nos últimos anos que tornaram a região mais segura. Ranolfo começou citando que os homicídios em Porto Alegre caíram 62% nos últimos quatro anos, despencando de 617 em 2017 para 235 em 2021. “No 4º Distrito, a queda nos homicídios é ainda maior: 84% nos últimos quatro anos. Os sete homicídios verificados em 2021 é o menor número dos últimos cinco anos”, ressaltou. Em 2017, foram registrados 45 homicídios no 4º Distrito, que ainda teve 35 em 2018, 19 em 2019 e 13 em 2020. Ranolfo também divulgou os dados sobre roubos no 4º Distrito, que caíram pela metade, passando de 2.142 em 2017 para 1.047 em 2021, o menor índice dos últimos cinco anos. De 2021 para este ano, a queda é de 19%. O roubo de veículos também está em decadência na região. Foram 589 em 2017 ante 93 em 2021, uma diminuição de 84%. De 2020 para este ano, o roubo de veículos no 4D caiu 35%. Não ocorreram latrocínios este ano no 4º Distrito. Nos últimos quatro anos, a região teve dois latrocínios por ano, com exceção de 2019. “Há muito a avançar, mas já fizemos muito para diminuir os índices de criminalidade no Estado, em Porto Alegre e aqui no 4º Distrito”, disse o vice-governador.

RESPOSTAS AOS MORADORES Respondendo aos questionamentos dos moradores e empresários do 4º Distrito presentes ao encontro da Frente Parlamentar do 4D, Ranolfo esclareceu que há uma sensação equivocada que um posto da Brigada Militar vai trazer mais segurança. O pedido da comunidade é pela instalação de um ponto fixo da BM em uma área central da região, como a Praça Pinheiro Machado. Na prática, disse o vice-governador, isso tira a mobilidade do policiamento. “É melhor ter os brigadianos circulando pela região do que parados em um posto, que precisa de oito policiais para se manter aberto”, comentou. Ranolfo aproveitou para fazer um breve histórico a respeito do efetivo da corporação, observando que há um déficit histórico de cerca de 50%. O ideal era ter 32 mil brigadianos, número que nunca foi atingido no Estado. O máximo que a BM teve foi 26 mil policiais, há mais de 25 anos, no governo de Antônio Britto. Hoje, a Brigada Militar possui um efetivo de 16.800 policiais. “Temos de ser eficientes e trabalhar com a inteligência. Admitimos 4.600 brigadianos no nosso governo e acabamos de abrir um concurso com 4 mil vagas. Aliás, fiquei surpreso, porque nos primeiros dois dias, foram 15 mil inscritos. Devemos ter mais de 80 mil inscritos concorrendo às 4 mil vagas”, projetou. Sobre a cobrança em relação ao furto de cabos, fios e tampas de bueiro, o vice-governador disse que a Polícia Civil e a Brigada Militar estão atuando fortemente na repressão desses crimes. “Estamos atuando nisso, mas é um problema complexo. Quem faz esse tipo de furto, ou está na drogadição ou foi levado pela crise econômica a essa situação. E como é pequeno furto, ninguém fica preso por isso e o problema acaba permanecendo”, observou. “Temos de agir junto aos receptadores e é nisso que a polícia tem atuado”. O subcomandante-Geral da Brigada Militar, Coronel Claudio dos Santos Feoli, ressaltou que é fundamental o registro das ocorrências que ocorrem na região. “É com base nas ocorrências que a Brigada Militar monta a sua estratégia de atuação”, disse ele. A Brigada Militar ficou de avaliar a implantação do patrulhamento por bicicleta durante o dia sugerida pelos moradores. A delegada chefe de Polícia, Nadine Anflor, reforçou a necessidade de registro das ocorrências e sugeriu o uso do aplicativo “PC Alerta”. Nele, há links para a Delegacia Online (DOL), onde podem ser efetuados registros de ocorrências policiais, e para o WhatsApp/Telegram de denúncias anônimas da instituição (51 9-8444-0606), ambos serviços disponíveis para todo o estado, 24 horas, 7 dias por semana. O app possui uma cartilha de golpes virtuais praticados no RS. Nadine lembrou que existem quatro delegacias distritais no 4º Distrito. “Temos duas delegacias de pronto-atendimento, 24 horas, e uma delas está justamente nesta região”, informou. Nadine disse que o foco do trabalho da Polícia Civil tem sido na investigação criminal. “A resolução dos crimes é nossa principal missão”, comentou.

Encontro no Nau Live Inspaces durou duas horas e meia, com a participação de mais de 60 empresários e moradores da região. Foto: OAJ

RS SEGURO No início da reunião, o vice-governador apresentou o programa RS Seguro, lançado em 2019, que atua com base nas premissas dos três “is”: integração, inteligência e investimento qualificado. Os quatro eixos do programa compreendem: 1) o combate ao crime, priorizando 23 municípios com maiores índices de violência, com destaque para homicídios; 2) as políticas sociais, preventivas e transversais, que focaram as ações em bairros com altos índices de violência e mais vulneráveis no aspecto socioeconômico; 3) a qualificação do atendimento ao cidadão, que levou melhores serviços aos gaúchos; 4) o sistema prisional passa por ampliação e adequação das vagas. Nesse último item, Ranolfo disse que o atual governo recebeu 16 mil vagas de déficit nos presídios. “Criaremos 4 mil novas vagas e vamos refazer o Presídio Central, transformando-o numa cadeia decente”, disse. O vice-governador também destacou o programa Avançar na Segurança, que destinará R$ 280,3 milhões para compra de viaturas, equipamentos, tecnologia e realização de obras até 2022. “É o maior montante destinado de uma só vez para as forças de segurança em toda a história do Rio Grande do Sul. É um investimento duas vezes superior ao realizado entre 2007 e 2020”, comparou. Serão aplicados R$ 150,5 milhões na compra de veículos, R$ 98,4 milhões em tecnologia e R$ 31,4 milhões em obras. QUEDA DA CRIMINALIDADE A priorização do investimento em segurança, segundo Ranolfo, já gerou resultados históricos nos índices de criminalidade. Desde o início do governo, ocorreu uma redução de mais de 30% de homicídios, de 50% do roubo de veículos e de mais de 70% os assaltos a banco. “Esses números indicam que estamos no caminho correto. Vamos continuar apostando nas nossas forças policiais. Viramos o jogo na segurança pública”, disse. A queda recorde nos indicadores, com os menores índices da década em crimes como ataques a banco, roubo de veículos, homicídios, latrocínios e feminicídios resultaram na preservação de 1.343 vidas dos dois anos de implantação do RS Seguro. Foram 600 mortes a menos no primeiro ano (de 2018 para 2019) e 743 no segundo (de 2019 para 2020). No início do governo, a taxa de mortes no país era de 30,6 assassinatos para cada 100 mil habitantes no país e de 28,6 no Rio Grande do Sul – nos dois casos, 30 vezes acima do patamar da Europa. Com as ações do RS Seguro, a taxa de homicídios caiu pela metade, para 14,8 homicídios a cada 100 mil habitantes, a menor marca desde 2010 no Estado. “Segurança é primordial e, por isso, prioridade do nosso governo. Nenhum empreendedor, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo, vai buscar investir em um local onde tenha receio de que seu negócio vai sofrer prejuízos em razão da criminalidade. Aqui no RS não é diferente. Em Porto Alegre e no 4º Distrito não é diferente. Por isso, esses resultados que temos alcançado trazem também um impacto positivo do ponto de vista econômico, pois temos conseguido proporcionar um Estado mais seguro para se viver e empreender”, afirmou o vice-governador.


Texto: Orestes de Andrade Jr. (reg. prof. 10.241)

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