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Ramiro apresenta projeto “Moinhos Seguro” em reunião da Comissão de Constituição e Justiça

Foto do escritor: Orestes De Andrade JúniorOrestes De Andrade Júnior

Vereador apresentou projeto indicativo ao Executivo com medidas para conter os problemas de perturbação da ordem pública registrados nos últimos meses no bairro Moinhos de Vento


Bairro Moinhos: a relação entre moradores e empreendedores. Convidados: Sr. Rodrigo Lorenzoni – Secretário Municipal de Desenvolvimento e Turismo; Sr. Mário Ikeda – Secretário Municipal de Segurança

O Projeto “Moinhos Seguro”, de autoria do vereador Ramiro Rosário (PSDB), foi apresentado nesta terça-feira, 22, na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Porto Alegre. O presidente da Comissão, vereador Felipe Camozzato (Novo), abriu o encontro à participação de moradores e empresários do bairro Moinhos de Vento, que tem registrado problemas de perturbação da ordem pública nas suas principais ruas, com excesso de barulho e promoção de balbúrdia. “Para resolvermos um problema, é preciso primeiro admiti-lo. Nós estamos todos passando pela mesma tempestade. Podemos estar em barcos diferentes, mas estamos vivendo o mesmo temporal que é a invasão do bairro Moinhos de Vento. Por isso propomos um projeto inspirado nas medidas tomadas pela administração anterior para a Cidade Baixa, que resolveu a maioria dos conflitos”, disse Ramiro. Nos últimos meses, vem se intensificando a algazarra na rua Padre Chagas e arredores, o que preocupa tanto moradores como empresários do Moinhos. Ramiro disse que, atendendo a um pedido de outros vereadores, transformou o seu projeto de lei (PLL 160/20) apresentado em 2020 em um projeto indicativo, recomendando ao Executivo a regulamentação das normas propostas por meio de decreto municipal. “O projeto indicativo dá mais agilidade para implementação das novas medidas e eventuais ajustes que se façam necessários”, observou o vereador. Conforme as propostas inicialmente sugeridas por Ramiro, há novas diretrizes de horário de funcionamento baseado na experiência do bairro, ampliando a atuação de alguns estabelecimentos para que as pessoas permaneçam dentro e não na rua. Quem tem isolamento acústico poderia funcionar 24 horas por dia. Quem não tem, deverá seguir encerrar suas atividades até as 2h do dia subsequente às sextas, sábados e vésperas de feriados, e a 1h da madrugada de domingo a quinta-feira. O projeto veda música alta e baderna nas vias do bairro entre 22h e 7h da manhã do dia seguinte, em modelo similar ao que já ocorre na Cidade Baixa. A proibição se estende, também, ao comércio ambulante entre 19h e 7h. Fica vedado ainda os carros de som em qualquer horário, medida que impõe o fim do “pancadão” que tanto perturba os moradores da região. A partir das 22h, o projeto limita a venda de bebida alcoólica na modalidade takeaway, com exceção dos estabelecimentos que tiverem autorização para instalar mesas e cadeiras no passeio público até o limite de horário estabelecido pelo seu Alvará de Localização e Funcionamento.

Segurança Ramiro saudou a Secretaria Municipal de Segurança que, por meio da Guarda Municipal com apoio da Brigada Militar, atendeu ao seu pedido e está realizando operações nos finais de semana para manter a ordem no Moinhos. O secretário municipal de Segurança, Mário Ikeda, informou que já foram realizadas 51 operações este ano no bairro. "Já notamos a melhora no comportamento das pessoas nos últimos finais de semana. Vamos fazer essas operações nas sextas, sábados e domingos, buscando a tranquilidade no bairro”, avisou. O secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Lorenzoni, disse que a Prefeitura olha com muita atenção a situação no bairro. “Nosso grande desafio é encontrar o equilíbrio e coibir os excessos, garantindo a liberdade para quem contribui com o desenvolvimento do bairro e para que os moradores possam encontrar o devido sossego no seu cotidiano”, afirmou. O secretário adjunto da pasta, Vicente Perroni, reforçou o comprometimento do desenvolvimento econômico da cidade com os empreendedores, que foi um setor muito afetado nos últimos 18 meses. “Quando há excessos, cabe ao poder público mediá-los. E nesse sentido a contribuição do vereador Ramiro tem sido importante para debatermos a forma legal de estabelecer penalidades a quem infringe os limites da boa convivência”, completou. Repercussão O empresário do Thomas Pub, Wilson Herrmann, destacou que a convivência harmônica de todos é de interesse de todos que moram, empreendem e frequentam o bairro. “Nunca tivemos problemas como esse. O que se viu de dois anos para cá foi uma ocupação irregular e desordeira das ruas do bairro por pessoas que não são moradores nem frequentadores do comércio local”, falou. Cláudio Goldsztein, integrante da Associação de Moradores e Empresários (AME), ressaltou que a presença da segurança é fundamental para que não haja ocupação indevida dos espaços públicos, assim como a fiscalização. A vereadora Comandante Nádia (DEM) disse entender que seja necessário uma repactuação do poder público com empresários e moradores para que possam conviver. “Sabemos que a economia e o trabalho são importantes para Porto Alegre, assim como os moradores que querem ter paz e tranquilidade. Faltam educação e respeito dos frequentadores que estão tirando a harmonia do bairro”. Também participaram do encontro os vereadores Leonel Radde (PT) e Mauro Pinheiro (PL), Cláudio Janta (Solidariedade), além de empresários, moradores e imprensa.


Edição: Orestes de Andrade Jr. (reg. prof. 10.241)

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